quinta-feira, 29 de abril de 2010

Redes e Tecnologias

I Cultura

1) A internet é considerada ainda por muita gente como um novo meio de comunicação para troca de e-mail e para outros uma passagem de tempo.
Há muitas empresas que fazem os seus sites simplesmente para não ficar de fora e acabam por utilizar a rede como se fosse um meio equivalente aos panfletos impressos para divulgação/promoção.
Em 1999, poucos artistas publicavam os seus portefólios na Web, apesar de alguns já utilizarem a grande rede mundial dos computadores como suporte para divulgação da sua arte. Mas, só passou a ter mais popularidade no fim da década de 90 com novos projectos que se tornaram uma referência.
A rede mundial de computadores que se encontram interligados através da internet é uma maneira muito mais eficiente de se ter acesso a um grande número de informações de uma forma simultânea, dando a oportunidade de se interagir com outras pessoas e de se debaterem assuntos relevantes quer no âmbito pessoal, profissional ou artístico, sendo a internet que acaba por facilitar a resolução de certos problemas, em comum, sem que haja necessidade de sair de casa para se reunir, mas mesmo com essa vantagem ela não pode e não deve substituir o diálogo pessoal face a face.
A internet é uma ferramenta maravilhosa mas, porém, nem sempre é usada correctamente e acaba por trazer consequências desagradáveis quando usadas por pessoas sem escrúpulos ou mal intencionadas que provocam grandes estragos, quer em empresas, quer nas vidas das pessoas e por isso, é necessário nos dias de hoje que se tenha muita responsabilidade para manipular uma ferramenta tão importante como esta.

2) A internet é acolhida com maior ou menor entusiasmo pelo mundo da arte e pelo discurso da crítica entre arte e técnica, adquirindo hoje em dia uma visibilidade exacerbada nomeadamente, na proliferação de novas noções tais como «artes do computador», «artes digitais» ou simplesmente «media arte». Apesar de terem já entrado nos museus e nos genéricos artísticos instituídos, média e práticas anteriores (como a fotografia, o filme e o vídeo), parece ter sido necessário esperar pela introdução dos computadores na nossa cultura para que a categoria de «artes tecnológicas» emergisse e, com ela, a discussão mais ou menos aprofundada acerca da pretensão quase refundadora desta nova junção entre arte e técnica.

3) Na sociedade contemporânea percorrida transversalmente pelos impactos da revolução tecnológica, nesta era da globalização, e pelo protagonismo das áreas ligadas à informação genética, vive sobre uma profunda mutação tecno-cultural que a adjectiva com termos como: pós-industrial, global e digital.
Este contexto pode ser analisado sobre múltiplos pontos de vista. Javier Echeverría criou o termo “Teléopolis” 1 para se referir a uma nova forma de organização social sobreposta ao território construído. O Arquitecto Emanuel Dimas Pimenta, por seu lado, é um dos que expõe as repercussões actuais desencadeadas pela noção do corpo. Ao propor o termo de “Teleantropos” 2, refere-se a um ser “feito à distância” e caracterizado pela diversidade cultural. O corpo enquanto conceito complexo que adquiriu contemporaneamente enorme protagonismo, na hora de dar conta da mutação sócio-cultural em que vivemos e, como meio de afrontar a relação intima entre corpo e técnica no espaço digital.
É certo que, hoje a distinção entre o ser vivo e a máquina adquire uma nova actualidade quando se questiona onde culminará a simbiose com o homem informatizado, com a utilização de sistemas periciais e com uma rede que tem de conter o saber e que por vezes dita as práticas humanas.
Torna-se também pertinente falar em interface ou em interactividade, que reporta para o relacionamento Homem – Máquina. Quanto ao interface, podemos referir que assistimos a uma evolução das linguagens como por exemplo a interface gráfica GUI e agora a sua substituição pelas tecnologias de instrução verbal e o software inteligente ou a delegação nos PDA, são lógicas vagas e sistemas periciais.
É inquestionavelmente a situação tecnológica actual pois exige uma reflexão sobre o nosso relacionamento com a técnica já que a simbiose em curso faz das tecnologias da Informação mais do que uma mera extensão mas, torna-se por vezes uma entidade mediadora da nossa relação com o mundo e com os outros.
Pelo facto de ao longo deste século nos termos consciencializado do perigo de desumanização provocado pela primazia da Técnica, devemos agora escolher o modo como habitamos o Tecnocosmos acentuando as potencialidades criativas.


II Língua

1) A categorização possível dos Websites quanto ao seu tipo é a seguinte:

Institucionais
Como o nome indica, os sites que representam qualquer uma instituição têm diferentes finalidades e graus de complexidade e podem ser utilizados apenas como montra geral da instituição ou como forma mais complexa de mostrar os seus produtos, serviços, pessoas, etc…
Exemplo: http://www.wb-internet.pt
Noticiosos
Os sites informativos com actualizações frequentes e periódicas são os sites dos jornais, televisões, revistas, agências noticiosas e rádios. Qualquer um deste tipo de meios de comunicação social pode ter formas diferentes de publicitar os seus produtos.
Exemplo:
- Edição impressa separada da edição on-line;
- Edição impressa disponível on-line;
- Edição impressa disponível on-line mas, apenas por assinatura.
Nesta categoria também são incluídos aqueles sites que não pertencendo a meios de comunicação tradicionais também fazem da produção noticiosa a sua principal actividade.
Exemplo:
http://www.publico.pt
http://www.dn.pt
http://www.cnn.com
http://www.tv.com

Motores de Busca
O Motor de Busca é o tipo de página da Internet que tem como objectivo agregar ligações a outras páginas, relacionadas entre si por assuntos ou palavras. São uma das maiores fontes de conhecimento na Internet uma vez que a boa colocação de um site no ranking de um motor de busca segundo determinada categoria garante, à partida, um tráfego adicional a esse site.
Exemplo:
http://www.google.pt

Portais
É uma página da internet agregadora de conteúdos disponibilizados de forma organizada e estruturada, subordinada a um ou mais temas.
Exemplos:
http://www.oportalconstrucao.com/
http://oprtalsaude.com/
http://www.e-lista.pt/

Comunitários
O tipo mais recente dos sites comunitários deu início ao boom da web 2.0 visto que são sites em que o utilizador não é apenas receptor mas também produtor da informação, partilhando-a com um grupo restrito, ou não, de pessoas.
Permitem ao utilizador publicar texto, fotos, áudio e vídeo.
Exemplos como o MySpace.com, ou o Hi5.com , facebook (são estas páginas as mais visitadas, de acordo com dados do e-Netpanel da Marketest) deixando poucos indiferentes e são, actualmente empresas com muita influência social.
Exemplo:
www.myspace.com
www.hi5.com
www.facebook.pt

Blogs
São uma versão abreviada de weblogs embora também se possam enquadrar no âmbito dos sites comunitários a proliferação dos blogs por toda a rede nos anos mais recentes, bem como algumas características especificas, valendo-se de uma categoria própria.
Os blogs são sites com uma estrutura extremamente simples mas apenas com uma página, dependendo da sua extensão, podendo ser partida em várias e dedicadas a temas específicos ao qual poderá conter texto ou imagens.
Os blogs ganharam notoriedade por permitirem dar voz nos diversos campos da vida pública (política, cultura, desporto, etc.) às pessoas que não a tinham ou que a tinham de forma limitada ou condicionada. Hoje, especialmente nos países anglo-saxónicos é normal encarar os bloggers como especialistas nos seus campos de actuação, sendo por vezes convidados pelos medias tradicionais a opinar sobre temas da actualidade.
Embora recentemente tenham surgido também os flogs (blogs compostos exclusivamente por fotografias) e os vlogs (blogs compostos exclusivamente por vídeo).
Exemplo:
http://abrupto.blogspot.com
http://havidaemmarkl.blogs.sapo.pt/
http://www.minisaia.blogspot.com/
2) A natureza do meio electrónico interfere de modo significativo nos géneros que comporta, seja acrescentando a eles um carácter mais dinâmico e interactivo, devido aos seus recursos multimidiáticos, seja fazendo surgir novos géneros que por suas características próprias constituem um desafio para os estudiosos.
No meio digital, devido a características e à natureza desse suporte, os géneros e as demais categorias presentes nele são permeados por uma estrutura peculiar designada por hipertexto. Essa estrutura pode ser descrita como uma rede que interliga as informações funcionando como uma “porta” ou como uma “ponte” entre uma informação e outra, em geral, integrando informações relacionadas entre si (a ideia inicial do hipertexto seria para facilitar o acesso de informações por associação entre elas).
O trabalho com a leitura e a escrita envolve uma gama de aspectos cognitivos, linguísticos e socioculturais que precisam ser pensados e interpretados nas práticas que desenvolvemos quer como leitores e produtores de textos ou como professores, não incluindo apenas os professores de língua.
Neste sentido, para compreendermos como nos comunicamos e interagimos com o mundo à nossa volta é necessário lançar um olhar sobre os modos como os produzimos, compreendemos e fazemos circular textos na nossa vida quotidiana. Para isso, é necessário estabelecer algumas distinções importantes quanto aos conceitos de tipos e géneros textuais, bem como a sua relação com as práticas sociais de produção e recepção de textos e discursos.
Antes disso é importante deixar bem claro o que entendemos por texto e por discurso visto que, em muitos momentos, essas duas instâncias da acção comunicativa são tomadas como sinónimos.

3) A internet assumiu (ou fazem-nos crer que assumiu) um papel omnipotente na sociedade, a ponto de constituir como afirma Dominique Wolton,”um símbolo de liberdade e de capacidade para dominar o tempo e o espaço”, “uma dimensão de comunicação livre, um espaço de liberdade em relação a todos os constrangimentos que sufocam os meios de comunicação social clássicos”, pela facilidade, rapidez e universalidade que a caracterizam e que conferem um sentimento de liberdade absoluta, que é bem visível nos termos que fazem já parte do nosso vocabulário quotidiano.
Depois da televisão, é agora a vez de a internet inventar um quotidiano adequado às expectativas dos utilizadores, conduzindo-os pelos caminhos do fantástico e do espectacular, levando-os a obedecer cada vez mais à emoção que atrofia o intelecto acabando por travar o espírito crítico e o empenhamento cívico.
A questão que se impõe é se esta nova forma de se relacionar com os outros e com a informação o conduz à felicidade ou antes a densos conflitos existenciais.

III Comunicação

1) Há de facto hoje, uma grande e constante preocupação com o entendimento do mundo da publicidade dada a importância indiscutível dos efeitos que esse mundo produz em nós.
No contexto desta preocupação o objectivo da pesquisa é identificar as estratégias de sugestão empregadas na composição da comunicação publicitária direccionada ao meio outdoor (cartaz ou painel publicitário de grandes dimensões). Para isso, é estudado o grau de influência da iconicidade para a realização das estratégias nas mensagens publicitárias e as associações de que estamos aptos a realizar por meio destes signos ou quase signos que se apresentam pelo poder de sugestão.

2) A interacção mediada por computador

Mesmo que se fale muito sobre interacção através de redes telemáticas e “interactividade” aparece como palavra da moda embora, poucos estudos se tenham dedicado à temática. Emerge a impressão de que não há muito que se discutir e que a tal questão é ponto pacifico, desvinculada de qualquer polémica ou imprecisão. Contudo, à medida que a tecnologia informática se populariza aumenta a necessidade de a comunidade científica se ocupar dessa questão. Mas, enquanto o ruidoso entusiasmo com as novas tecnologias se deslumbra com a propaganda de um novo mundo democrático e globalizado, os pensadores de peso como é o caso de Jean Baudrillard apresenta um alerta: “a interactividade nos ameaça por toda a parte”. Segundo a sua opinião, a interface não existe pois o que existe por trás da aparente inocência da técnica é um interesse de rivalidade e de dominação.
A primeira reacção é aquela que se vê através da mera aplicação oportunista de um termo (da moda), para significar velhas coisas tal como o diálogo e comunicação. Na segunda reacção, a interactividade tem a ver com a ideologia, com publicidade, estratégia de marketing, conquista de adesão, produção de opinião pública, aquilo que legitima a expansão globalizada do novo poder tecno-industrial baseado na informática.
Numa terceira reacção, os que dizem jamais se iludir com a interactividade homem computador, pois, acreditam que, por trás de uma aparente inocência da tecnologia “amigável”, “soft”, o que há é rivalidade e domínio da técnica promovendo a regressão do homem à condição de máquina.

3) Sendo já vasta a literatura relativa à leitura, parece-me aliciante e propício por alguns estudos teóricos, ao mesmo tempo que averigua no terreno a eficácia de determinadas práticas que visam somente proporcionar o encontro dos leitores com o livro, promovendo, deste modo, a leitura.
De facto, as mudanças sociais e tecnológicas ocorridas nas últimas décadas, nomeadamente a massificação dos transportes aéreos, a expansão vertiginosa dos sistemas informáticos, os avanços tecnológicos, a velocidade e a profusão da imagem, do audiovisual e da informação conduzem a uma nova sociedade que tem a informação como matéria-prima e, por esse motivo, é comum designá-la por sociedade da informação.
A globalização da informação não proporciona o acesso imediato ao conhecimento, já que este pressupõe atribuição do sentido por parte do indivíduo. Para que a informação se transforme em conhecimento, torna-se necessário que se interprete, se relacione e se associe a capacidade que nem todos parecem possuir, apesar dos alfabetizados. O tempo da sociedade da informação é mais exigente e, para além da obtenção das competências básicas, leitura, escrita e cálculo, requer o seu uso, daí a importância da literacia defendida por Gillesd Montigny, Karen Kelly como capacidade de processamento da informação escrita na vida quotidiana.
Se a leitura é na verdade a chave do conhecimento na sociedade da informação então a leitura é um meio essencial para aquisição de saberes, atitudes e competências imprescindíveis no dia-a-dia para a vida pessoal de cada homem.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O porquê do blogue!

Este blogue foi criado no âmbito do curso EFA para completar a DR4 do núcleo gerador: Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Com domínio de referência: Estabilidade e Mudança da Sociedade ao Universo.
Com o tema: Redes e Tecnologias.