domingo, 27 de julho de 2014

Reflexão sobre toda a Liturgia do X V I I Domingo do Tempo Comum do (Ano A)

A liturgia deste domingo convida-nos a reflectir nas nossas prioridades, nos valores sobre os quais fundamentamos a nossa existência. Sugere, especialmente, que o cristão deve construir a sua vida sobre os valores propostos por Jesus.
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de Salomão, rei de Israel. Ele é o protótipo do homem “sábio”, que consegue perceber e escolher o que é importante e que não se deixa seduzir e alienar por valores efémeros.
No Evangelho, recorrendo à linguagem das parábolas, Jesus recomenda aos seus seguidores que façam do Reino de Deus a sua prioridade fundamental. Todos os outros valores e interesses devem passar para segundo plano, face a esse “tesouro” supremo que é o Reino.
A segunda leitura convida-nos a seguir o caminho e a proposta de Jesus. Esse é o valor mais alto, que deve sobrepor-se a todos os outros valores e propostas.

Evangelho do X V I I Domingo do Tempo Comum do (Ano A)

EVANGELHO         Forma longa                         Mt 13, 44-52
      «Vendeu tudo quanto possuía para comprar aquele campo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«O reino dos Céus é semelhante
a um tesouro escondido num campo.
O homem que o encontrou tornou a escondê-lo
e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía
e comprou aquele campo.
O reino dos Céus é semelhante
a um negociante que procura pérolas preciosas.
Ao encontrar uma de grande valor,
foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola.
O reino dos Céus é semelhante
a uma rede que, lançada ao mar,
apanha toda a espécie de peixes.
Logo que se enche, puxam-na para a praia
e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos,
e o que não presta deitam-no fora.
Assim será no fim do mundo:
os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos
e a lançá-los na fornalha ardente.
Aí haverá choro e ranger de dentes.
Entendestes tudo isto?».
Eles responderam-Lhe: «Entendemos».
Disse-lhes então Jesus:
«Por isso, todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus
é semelhante a um pai de família
que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas».
Palavra da salvação.

domingo, 20 de julho de 2014

Reflexão sobre toda a Liturgia de Hoje

A primeira leitura de hoje, é fruto da meditação de um homem sábio ao contemplar como Deus actua na presença dos males que rodeiam os homens, que saem até das mãos deles. Deus não age como os homens; não Se vinga, não Se desilude, não desespera. Deus sabe esperar, dando tempo ao tempo, e inspirando aos homens pecadores caminhos de conversão.
Enquanto que a segunda leitura, fala-nos, da acção de Deus em nós não é espectacular, não se faz sentir de maneira turbulenta e ruidosa; antes é serena, mas profunda e contínua. Deus actua, pelo seu Espírito, no mais íntimo do coração do homem, se este lho abrir e O acolher. Então, o próprio Espírito de Deus ora em nós, como só Ele sabe e pode orar.
No Evangelho fala-nos sobre, o trigo e o joio, o bem e o mal, que crescem neste mundo tão entrelaçados, que nunca acabaremos por ser capazes de os separar completamente. Mas, a hora de Deus chegará; a justiça será feita, e da maneira mais total e completa. Entretanto, o reino de Deus vai lançando raízes e vai crescendo, sem que o joio o consiga sufocar. Mais uma razão para lhe darmos toda a atenção e a ele nos consagrarmos de alma e coração, com toda a esperança.

Evangelho do Décimo Sexto Domingo do Tempo Comum do (Ano A)

                      
EVANGELHO      Forma longa                Mt 13, 24-43      «Deixai-os crescer ambos até à ceifa»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus disse às multidões mais esta parábola: «O reino dos 
Céus pode comparar-se a um homem que semeou boa semente no seu 
campo. Enquanto todos dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do
 trigo e foi-se embora. Quando o trigo cresceu e começou a espigar, 
apareceu também o joio. Os servos do dono da casa foram dizer-lhe: 
‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem então o 
joio?’. Ele respondeu-lhes: ‘Foi um inimigo que fez isso’. Disseram-lhe os 
servos: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’. ‘Não! – disse ele – não 
suceda que, ao arrancardes o joio, arranqueis também o trigo. Deixai-os 
crescer ambos até à ceifa e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: 
Apanhai primeiro o joio e atai-o em molhos para queimar; e ao trigo, 
recolhei-o no meu celeiro’». Jesus disse-lhes outra parábola: «O reino dos 
Céus pode comparar-se ao grão de mostarda que um homem tomou e 
semeou no seu campo. Sendo a menor de todas as sementes, depois de 
crescer, é a maior de todas as plantas da horta e torna-se árvore, de 
modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos». Disse-lhes 
outra parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao fermento que 
uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até ficar tudo 
levedado». Tudo isto disse Jesus em parábolas, e sem parábolas nada 
lhes dizia, a fim de se cumprir o que fora anunciado pelo profeta, que 
disse: «Abrirei a minha boca em parábolas, proclamarei verdades ocultas 
desde a criação do mundo». Jesus deixou então as multidões e foi para 
casa. Os discípulos aproximaram-se d’Ele e disseram-Lhe: «Explica-nos a 
parábola do joio no campo». Jesus respondeu: «Aquele que semeia a boa 
semente é o Filho do homem e o campo é o mundo. A boa semente são os 
filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que o semeou é 
o Diabo. A ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os Anjos. Como o joio 
é apanhado e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o Filho do
 homem enviará os seus Anjos, que tirarão do seu reino todos os 
escandalosos e todos os que praticam a iniquidade, e hão-de lançá-los na 
fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes. E os justos 
brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos, oiça».
Palavra da salvação.

domingo, 13 de julho de 2014

Evangelho do Décimo Quinto Domingo do Tempo Comem do (Ano A)

                      
EVANGELHO         Forma longa                            Mt 13, 1-23
                           «Saiu o semeador a semear»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele dia,
Jesus saiu de casa e foi sentar-Se à beira-mar.
Reuniu-se à sua volta tão grande multidão
que teve de subir para um barco e sentar-Se,
enquanto a multidão ficava na margem.
Disse muitas coisas em parábolas, nestes termos:
«Saiu o semeador a semear.
Quando semeava,
caíram algumas sementes ao longo do caminho:
vieram as aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios pedregosos,
onde não havia muita terra,
e logo nasceram, porque a terra era pouco profunda;
mas depois de nascer o sol, queimaram-se e secaram,
por não terem raiz.
Outras caíram entre espinhos,
e os espinhos cresceram e afogaram-nas.
Outras caíram em boa terra e deram fruto:
umas, cem; outras, sessenta; outras, trinta por um.
Quem tem ouvidos, oiça».
Os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe:
«Porque lhes falas em parábolas?».
Jesus respondeu:
«Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus,
mas a eles não.
Pois àquele que tem dar-se-á e terá em abundância;
mas àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado.
É por isso que lhes falo em parábolas,
porque vêem sem ver e ouvem sem ouvir nem entender.
Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz:
‘Ouvindo ouvireis, mas sem compreender;
olhando olhareis, mas sem ver.
Porque o coração deste povo tornou-se duro:
endureceram os seus ouvidos e fecharam os seus olhos,
para não acontecer
que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos
e compreendendo com o coração,
se convertam e Eu os cure’.
Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque vêem
e os vossos ouvidos porque ouvem!
Em verdade vos digo: muitos profetas e justos
desejaram ver o que vós vedes e não viram
e ouvir o que vós ouvis e não ouviram.
Escutai, então, o que significa a parábola do semeador:
Quando um homem ouve a palavra do reino
e não a compreende,
vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração.
Este é o que recebeu a semente ao longo do caminho.
Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos
é o que ouve a palavra e a acolhe de momento com alegria,
mas não tem raiz em si mesmo, porque é inconstante,
e, ao chegar a tribulação ou a perseguição por causa da palavra,
sucumbe logo.
Aquele que recebeu a semente entre espinhos
é o que ouve a palavra,
mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza
sufocam a palavra, que assim não dá fruto.
E aquele que recebeu a palavra em boa terra
é o que ouve a palavra e a compreende.
Esse dá fruto
e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta por um».
Palavra da salvação.